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quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
VALORES E VALORES
Estranhos são os gostos do ser humano. Complicamos tudo.
Damos valores a coisas sem valores. Na busca incansável de algo inexistente. Pergunto
e repergunto todas as noites o que realmente me importa. Por diversas vezes
adormeci vencida pelo cansaço e sem obter respostas.
Já me iludi com
um sorriso, um telefonema inesperado. Tive sonhos loucos, senti tesão por
alguém que jamais imaginaria. Apaixonei-me por um cheiro, idealizei um homem ao
ponto de carrega ló para todos os meus relacionamentos até um dia me libertar. Mas
creio que se um dia voltar a vê ló o coração ainda irá balançar.
Tive tantas
histórias e quem não as tem?Mas há algo que me chama a atenção. Porque
agregamos valores às pessoas?E não são quaisquer valores. Simplesmente ter quer
ser belo (beleza estética), não importa ser meiga, culta ou amiga. E nesse
ciclo vicioso de nos relacionarmos somente com pessoas bela, em busca de uma
perfeição irreal. Não enxergamos nossos defeitos. A beleza aleia passa a ser muletas
para nossas imperfeições.
Já vitimei
muitas pessoas com esses atos e também sofri a seleção de outros. Assim como gostei
intensamente de alguém que nunca mais me dirigiu a palavra. Por não me
enquadrar nos padrões de beleza dele. Sem nenhuma defesa fui julgada e condenada
pelo fato de não ser bela.
Sentada a beira
da cama resolvi buscar as coisas mais simples e passei a vê beleza nelas. Quem
sabe seguindo esse caminho eu obtenha sucesso. E te pergunto: Quanto tu vales?
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
IMERSÃO EM MINHA MENTE
Hoje senti um vazio desconhecido, de repente
meu corpo paralisou e uma falta de ar me possuiu. Enquanto imóvel ali permaneci,
procurei explicações para tal fato. Recorri à mente e conhecei a desembrulhá- La.
Desatei um nó por vez e à medida que o fazia me viam lembranças esquecidas. Ah!
quantas coisas boas tinha vivido mas ainda não tinha encontrado o motivo da
falta.
Procurei ser mais detalhista e passei a
observar a mente por inteira. Cores, cheiros, texturas, tudo fora muito bem observado.
Tive o cuidado de não amassar o papel do embrulho, pois teria que refazer-lo ao
final da jornada.
A respiração
passou a ficar mais compassada. A dor do vazio ali ainda residia e por
instantes larguei a mente. Procurei não pensar em nada, fiquei imóvel assim
como o corpo. Não sei o tempo corrido mais a resposta surgiu. Enquanto estava
inerte notei a mim mesma, o ar e os movimentos voltaram.
Coma. Essa era
a explicação para o ocorrido, meu cérebro havia criado uma vida falsa. Um refúgio,
amigos, amores não existiam e eu também não até agora. Emergi a tempo de ter
uma vida real e passei a caminhar.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
MEU FRENESI
Estava deitada quando percebi minha imagem no espelho. Os poucos
raios do novo dia acabará por revelar uma figura diferente. Tão de repente me
sentei e passei a observar o meu corpo esse de forma jamais vista. Traços,
linhas, curvas e um aroma delicioso exalado por ele. Cada detalhe fazia meu
corpo vibrar, minha pele delirar. As mãos passaram a percorrê- lo. Senti os pêlos
arrepiarem, os músculos contraírem, o sangue pulsando forte acompanhado do
coração e da respiração. O lençol sobre a cama parecia provocar cócegas em
minhas pernas.
O chão gelado
amplificou meu estremecer, eu havia esquecido de calçar os chinelos em meio
aquele deslumbre. Deixei o frio dos pés de lado e continuei a admirar-me, dedos
e unhas sentiram o gosto do meu ser e transmitiam ao paladar. Minha língua,
pois a salivar.
À medida que o
tempo passava sentia um desejo maior por mim e ao sentir o meu gosto, explodi
em uma ânsia louca. O meu cheiro parecia ter contaminado o quarto deixando os
sentidos confusos, perdidos, satisfeitos.
Adormeci no
chão, estava exausta, contente. Talvez tudo tenha sido um sonho, um delírio. Mas
chegada à hora do banho ao me despir novamente frente ao espelho e sentir a
água percorrer o meu corpo. Tive a sensação de já ter sido explorada antes.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
SENTIDOS
O vento me
acordou ao bater forte a janela, o frio seguido de uma mensagem fez meu coração
virar menina. Pulei rapidamente e pus a duvidar das coisas importantes a fazer.
Parei e nesse momento fui tomada por uma alegria, restou seguir. Então vencendo
o medo caminhei para o desconhecido, nessa hora a mente passa a imaginar
milhões de coisas das melhores as piores. Firme na jornada prossegui, em cada
passo perguntava-me: - Será que devo continuar, serei aceita?E assim fui.
Durante a chegada
novos desafios, uma surpresa agradável arrancou-me um sorriso casado com uma
ternura. Viajei, meus sentidos tornaram se outros, minha razão foi deixada de
lado. E aquele vento a bater a janela mais cedo, agora despenteava meus cabelos
e enchia minha boca com sal.
Provei de uma das
mais deliciosas companhias, aprendi, escutei, questionei. Ah! Por momentos
parei a refletir sobre o tempo perdido, meu mundo parecia agora fazer sentido.
Dancei assim como a água a descer de uma cachoeira, senti meu corpo passar por
entre as pedras e cair em imensidões de idéias. Eis que o sol me lembrou da
hora, senti a caminhada chegar e a segui.
Debruçada em meio
ao tempo, ri de mim mesma, a música guiava minha respiração e transportava meu
ser a outros mundos, por todos eles deixei pegadas e voltei. Brinquei e com um
salto estava aqui deitada novamente cheia de sonhos a me enrolar.
domingo, 29 de janeiro de 2012
RABISCOS NA PELE
Ah!
Como eu te queria! Meu corpo chegava a ter febre, minha mente perdia a razão. E
nesse delírio estavas a me estender um sorriso, e digo mais não um sorriso qualquer e sim aquele a me
deixar flutuar.Sua imagem fixa ao meu lado e seu perfume a contaminar minha pele me enchia de alegria, sonhos, esperanças e tristezas. Os poros dilatavam
se ao imaginar teus dedos a tocar-me mesmo sem querer. As palavras se perdiam
então sonhava.
Não é à toa o
mergulho profundo no desespero da descoberta “eu excluído”. Meus pés antes
leves agora encontram se fixo como uma rocha. Meu eu no espelho acusou a
passagem de tempo inútil frente à tamanha inocência de um ser talvez imaginário.
Minha boca murmura os beijos perdido, ou melhor, rejeitados. As mãos percorrem
meu corpo em busca do calor e da forma do teu ser e resultam na agonia da
inexistência.
Hoje meu coração
sofreu violentos golpes, o sangue derramado sobre o chão virou água e congelou,
minha pele foi partida e recosturada, meu cheiro tornou-se imperceptível, a
alma encontrou o vento e com ele resolveu brincar. Acho interessante essa
amizade inesperada, nos faz sentir livres, crianças sem medos e cheia de
duvidas com vontade de tomar banho de chuva e subir a montanha mais alta assim
descalço mesmo, afinal os sapatos só atrapalham mesmo.
Então sentada na
calçada depois de me afogar em lágrimas, ser salva por segura em meus cabelos e
pular dentro do barco “consciência”, resolvi levantar, acordar do delírio que
me consumia esquecer esse querer, essa paixão ou até mesmo loucura. Olhei as
mãos e não enxerguei aquela menina, o brilho nos olhos também não era mais os
mesmos, eles mostravam o desespero de estar só, de sonhar só. Sua imagem foi
então definhando e desapareceu com o surgimento da lua, com ela veio às faces
de uma vida cheia de idéias, minguante de desespero, nova de esperanças e
crescente de amor próprio.
Os pés talvez
criem fissuras e com o tempo voe afinal sonhos são importantes muitas vezes
necessários. E esse telefone a tocar chamando minha atenção à realidade, a
porta semi-aberta devo ir agora fechar, não antes de vestir minha pele toda
rabiscada. Pronto a chuva começou e com ela a vontade de prová-la.
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