Hoje senti um vazio desconhecido, de repente
meu corpo paralisou e uma falta de ar me possuiu. Enquanto imóvel ali permaneci,
procurei explicações para tal fato. Recorri à mente e conhecei a desembrulhá- La.
Desatei um nó por vez e à medida que o fazia me viam lembranças esquecidas. Ah!
quantas coisas boas tinha vivido mas ainda não tinha encontrado o motivo da
falta.
Procurei ser mais detalhista e passei a
observar a mente por inteira. Cores, cheiros, texturas, tudo fora muito bem observado.
Tive o cuidado de não amassar o papel do embrulho, pois teria que refazer-lo ao
final da jornada.
A respiração
passou a ficar mais compassada. A dor do vazio ali ainda residia e por
instantes larguei a mente. Procurei não pensar em nada, fiquei imóvel assim
como o corpo. Não sei o tempo corrido mais a resposta surgiu. Enquanto estava
inerte notei a mim mesma, o ar e os movimentos voltaram.
Coma. Essa era
a explicação para o ocorrido, meu cérebro havia criado uma vida falsa. Um refúgio,
amigos, amores não existiam e eu também não até agora. Emergi a tempo de ter
uma vida real e passei a caminhar.
Comigo acontece algo semelhante ao seu coma deste post. Eu começo a saltar entre os fios de alta tensão, sinto-me extremamente leve, livre e solto. Acho que me desligo do meu corpo, é fantástica a sensação, muito prazer.
ResponderExcluirContinue me alimentando...
como sempre chego tarde na vida das pessoas
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