Ah!
Como eu te queria! Meu corpo chegava a ter febre, minha mente perdia a razão. E
nesse delírio estavas a me estender um sorriso, e digo mais não um sorriso qualquer e sim aquele a me
deixar flutuar.Sua imagem fixa ao meu lado e seu perfume a contaminar minha pele me enchia de alegria, sonhos, esperanças e tristezas. Os poros dilatavam
se ao imaginar teus dedos a tocar-me mesmo sem querer. As palavras se perdiam
então sonhava.
Não é à toa o
mergulho profundo no desespero da descoberta “eu excluído”. Meus pés antes
leves agora encontram se fixo como uma rocha. Meu eu no espelho acusou a
passagem de tempo inútil frente à tamanha inocência de um ser talvez imaginário.
Minha boca murmura os beijos perdido, ou melhor, rejeitados. As mãos percorrem
meu corpo em busca do calor e da forma do teu ser e resultam na agonia da
inexistência.
Hoje meu coração
sofreu violentos golpes, o sangue derramado sobre o chão virou água e congelou,
minha pele foi partida e recosturada, meu cheiro tornou-se imperceptível, a
alma encontrou o vento e com ele resolveu brincar. Acho interessante essa
amizade inesperada, nos faz sentir livres, crianças sem medos e cheia de
duvidas com vontade de tomar banho de chuva e subir a montanha mais alta assim
descalço mesmo, afinal os sapatos só atrapalham mesmo.
Então sentada na
calçada depois de me afogar em lágrimas, ser salva por segura em meus cabelos e
pular dentro do barco “consciência”, resolvi levantar, acordar do delírio que
me consumia esquecer esse querer, essa paixão ou até mesmo loucura. Olhei as
mãos e não enxerguei aquela menina, o brilho nos olhos também não era mais os
mesmos, eles mostravam o desespero de estar só, de sonhar só. Sua imagem foi
então definhando e desapareceu com o surgimento da lua, com ela veio às faces
de uma vida cheia de idéias, minguante de desespero, nova de esperanças e
crescente de amor próprio.
Os pés talvez
criem fissuras e com o tempo voe afinal sonhos são importantes muitas vezes
necessários. E esse telefone a tocar chamando minha atenção à realidade, a
porta semi-aberta devo ir agora fechar, não antes de vestir minha pele toda
rabiscada. Pronto a chuva começou e com ela a vontade de prová-la.
"Acho interessante essa amizade inesperada, nos faz sentir livres, crianças"
ResponderExcluir"E esse telefone a tocar chamando minha atenção à realidade"
Muito louco... adorei rsss torço por vc Bonequinha!
Quem seria?
ResponderExcluirEssa é a pergunta que não quer calar.
Viva menina, viva o e com amor.
Continue alimentando minha alma.